domingo, 7 de fevereiro de 2010

Trabalho Infantil


Pedro Fonte, em 2009, foi aluno em nossas aulas de preparação para a redação do Vestibular. A análise da pontuação, em cada texto seu, por exemplo, foi-lhe possibilitando organizar suas ideias, sempre muito boas, sobre temas diversos e, finalmente, garantiu ao Pedro um excelente resultado na redação no Vestibular.

O tema abaixo foi a proposta de redação do ENEM/2005.

Trabalho Infantil


Durante a história da sociedade humana, por mais que nem sempre tenham existido leis que proibissem o trabalho infantil, o bom senso agia, permitindo que tal ato fosse condenado. Assim como nos dias de hoje, as famílias mais abastadas sempre puderam se dar o direito de manter sua prole sem trabalhar. Aqueles pais com dificuldades financeiras, no entanto, concordando ou não com o trabalho infantil, necessitavam da renda e da força de trabalho de seus filhos.


Um fator tão presente na história da humanidade não aconteceu de forma diferente no Brasil. Conforme as desigualdades iam surgindo, o trabalho infantil dava suas caras. Desde os tempos da escravidão dos negros, até a promulgação da Lei do Ventre Livre, não havia restrições sobre a exploração dos filhos de escravos. Eles eram forçados, inescrupulosamente, a trabalhar para seus senhores. Mesmo nos dias atuais, em que a desigualdade econômica é notória, os jovens desfavorecidos são destinados a labutar em detrimento de sua infância e juventude.


O trabalho infantil no Brasil não é uma questão a ser vista com olhar reprovador sobre os pais que põem seus filhos nesta situação. Não são eles que desrespeitam os direitos humanos. Eles são pessoas poucos instruídas, sem educação, sem opções, esquecidas pela sociedade. Esta, por outro lado, tem uma grande parcela de culpa no que diz respeito à labuta infantil no país, pelo fato de ela ter papel fundamental na criação da barreira que é a exclusão social.


Tratar do trabalho infantil como uma escolha dos pais, ou dos próprios jovens é errôneo, visto que eles não têm direito à escolha. Deve-se retratar este problema como um fator histórico, totalmente dependente da desigualdade entre as classes que vem se ampliando desde o momento em que a sociedade brasileira se formou. Uma saída plausível para esta situação é a inclusão destes jovens na sociedade, o que remete a outras questões mais profundas do país, porém fundamentais ao desenvolvimento de uma sociedade mais justa.

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