quarta-feira, 3 de novembro de 2010

João Vicente Tinoco

Liberdade

(dissertação)

Após quase vinte anos vivendo uma ditadura, os brasileiros sabem diferenciar quando estão e quando não estão livres de algo. O conceito de "liberdade", porém, ainda é muito discutido, assim como seu significado prático. É possível que todos tenham liberdade? Significa fazer o que quiser? Anarquia? O que, afinal, é "liberdade"?

O primeiro passo para compreender o sentido de liberdade é entender o que é a falta dela. Uma pessoa que não é livre é uma pessoa comandada por ou dependente de algo ou alguém. Não possui livre arbítrio. Neste caso, a liberdade, portanto, é o poder que se tem de fazer escolhas e o que parecer mais conveniente.

Costuma-se associar, irrestritamente, a liberdade ao bem de uma população. Essa associação, porém, nem sempre condiz com a realidade. Nem sempre a liberdade incondicional é vantajosa para a maioria, pois, às vezes, ela garante a uma pequena parte da população o poder de explorar uma parte maior, como no Liberalismo econômico. É por essa razão que existem governos controlando o povo; existe a legislação para controlar o governo; e existe a democracia, que garante ao povo a liberdade de eleger seus legisladores.

A liberdade é o direito que uma pessoa tem de escolher o que fará. Ela sempre é boa para todos, mas deve ser regulada, a fim de evitar que alguém opte, em sua liberdade, por agredir o próximo. Para isso, existem as regras e leis. A legítima forma de liberdade é a democracia, pois ela garante ao povo o poder de escolher como e por quem a liberdade será regulada.

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